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segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Atenção! Capítulo Um.

Eu estava até pensando em não escrever nada.
Mas isso é um blog, certo?

Então vou colocar um trecho do próximo livro da série para vocês meuzamoris!

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bjs,
A. C. Braga


Capítulo Um #LuizeEla

21 de novembro, sexta-feira.
Eu estava escutando aquele burburinho de dentro da sala de reunião, mas não conseguia entender direito sobre o que eles estavam falando. Eu ainda estava do lado de fora falando alguns assuntos importantes com o Byarn:
- Bom Luiz, acho que está tudo certo! Você se deu muito bem com essa equipe e eu não posso reclamar!
- Obrigado senhor! Existe mais alguma coisa que eu possa fazer?
- Por mim não! Mas acho melhor você entrar logo nessa sala antes que eles coloquem as paredes abaixo!
- Você está sabendo alguma coisa que eu ainda não sei, senhor?
- Ah sim! Mas como estou saindo daqui direto para o aeroporto espero que você se divirta bastante esse fim de semana!
- Obrigado senhor!
- Feliz aniversário Luiz!
Apertei a mão daquele que era nosso CEO com um sorriso forçado e virei em direção a porta da sala de reuniões. Bando de filhos de uma puta, eles estão planejando meu aniversário, e eu já tinha avisado o Ricardo que não queria fazer nada este ano. Não estou mais no pique de comemorar nada, meus últimos anos foram muito intensos e agora eu só quero ficar em casa com uma garrafa de vinho, um filme e meus CDs antigos, será que é pedir muito?
O Ricardo era a pessoa que eu mais respeitava no mundo, eu o conheço desde a faculdade e já passamos por poucas e boas juntos. Hoje ele é casado com a minha irmã, o que foi bem difícil de aceitar no começo, mas fazer o que quando a merda já está feita? Ele já esteve do meu lado tantas vezes que só posso agradecer de ele fazer parte da família.
Mas especificamente no dia de hoje, sexta-feira, estou puto com ele! Eu avisei que não queria fazer nada! Respirei fundo já com a mão na maçaneta da porta e a abri de cara feia falando em voz alta para os três homens que estavam lá:
- Boa tarde bando de pau-mandado.
- Ah ê. Finalmente a margarida apareceu – O Carlos se virou para mim.
Os três estavam de pé, perto da janela, dentro da maior sala de reunião que havia no escritório, sem necessidade nenhuma!
- Fala barrigudo! – Cumprimentei o Carlos e fui em direção ao José Roberto – E aí Zé, como vai a bebê?
- Oi Luiz, está cada vez mais linda!
- Deve estar mesmo, principalmente se puxou a mãe!
- Cala a boca! – Todos deram risada e o Ricardo continuou com a bunda apoiada na mesa esperando eu ir até ele, me dizendo assim que eu cheguei perto:
- Não briga comigo, já vou avisando!
- Você está fudido na minha mão, só isso que tenho para te dizer!
Virei para os outros dois e continuei falando:
- Do que se trata essa reunião?
- Da nossa alforria!
- Vocês devem estar de brincadeira comigo!
- Poxa Luiz, é seu aniversário e a gente nunca sai sozinho. É a nossa chance de sairmos só nós quatro!
- Nós cinco – O Ricardo corrigiu – Tem o JP também, o irmão o Luiz!
- Lógico! O JP! Aquele sim sabe aproveitar uma noite! – O Zé falou.
- Eu também já fui bom nisso! Antes disso... – O Carlos falou apontando para a aliança dourada no dedo da mão esquerda.
A gente chama ele de barrigudo, mas é só para encher o saco! Nós nos encontramos na academia, umas duas ou três vezes por semana. Eu vou todos os dias, eles menos, afinal todos são casados, menos eu. O Ricardo que não deixa de ir comigo todos os dias também.
- Sinto informar aos quatro, mas eu vou ficar em casa nesse fim de semana!
- Ah não vai mesmo! Você é nossa única chance Luiz! Você não vai fazer isso com a gente!
- E o que vocês estavam pensando? – Perguntei já sem paciência.
- Só um barzinho, ou um boliche...
- Mentira Zé! A gente queria ir para uma balada! – O Carlos completou.
- Balada? Tudo velho e casado e querem ir para balada?
- Olhar não arranca pedaço, e você ainda pode pegar quem quiser!
- Você devia se envergonhar Zé! Com uma princesinha daquela em casa, pensando em balada!
- Culpado! – Falou com as mãos para cima - Mas é só para espairecer, você sabe!
- Falando em você pegar quem quiser já ouviu sobre a aposta que está rolando no escritório?
- Que aposta, Carlos?
- Porra, você não sabe mesmo? É até sobre uma funcionária sua!
- Minha? Eu só tenho uma funcionária mulher!
- Exatamente!
Fiquei intrigado e ao mesmo tempo irritado com eles falando da Ana! Ela é uma menina doce, educada, inteligente. Seja lá o que for, não merece o que vai sair da boca deles!
- Maior gatinha né!
- Zé, se concentra no que vocês estavam me contando...
- Então – O Ricardo continuou – Está rolando uma aposta, de quem consegue levar ela para a cama!
- O quê? Que absurdo! – Falei indignado, mas assim que eles me olharam com cara espanto sobre a minha reação eu continuei: - Como assim eu ainda não estava sabendo disso?
- Existe um site com o nome dos rapazes que dizem que vão tentar e uma cadeia de apostas.
- Quantas pessoas tem nesse jogo? – Eu perguntei tentando conter minha irritação.
- Só uns três caras que disseram que vão conseguir, mas eu acho que nenhum deles vai!
O Carlos puxou o computador dele e abriu o site, homem é foda! Eu trabalho em uma empresa de consultoria em tecnologia, então o link é todo personalizado e online, bando de depravados! Não resisti e perguntei:
- Faz tempo que está rolando essa aposta?
- Uns dois meses...
- E nada ainda?
- Não! Parece que ela é bem centrada! Você tem uma funcionária e tanto!
- Impressão minha, ou essa frase teve duplo sentido senhor Duarte? – Tirei os olhos do computador e estreitei a visão para ele.
- Senhor Nurs, vai me dizer que você nunca reparou naquele corpinho perambulando para lá e para cá, indo para a reunião com o computador fechado nos braços espremendo os peitos na frente?
- Vocês são incríveis!
Foi só o que eu consegui responder, mas eles continuaram olhando para mim, esperando mais alguma coisa e eu falei:
- Lógico que já vi, porra! Mas ela é minha funcionária! Vou fazer o que? Isso é assédio sabia?
- Ah bom! Pensei que você já estava mudando de lado!
- Trouxa! – Xinguei o Carlos – Vocês apostaram nisso aqui? – Perguntei voltando meus olhos para a foto dela na tela, de pé ao lado da máquina de café, com o cabelo preso em um rabo de cavalo, de camisa social e jeans, sorrindo para o lado, enquanto segurava um copo de café, ela devia estar conversando com alguém quando tiraram essa foto.
- Eu apostei que nenhum deles vai conseguir nada! – O Ricardo falou novamente.
- Eu acho que o Lucas pode ser que consiga, apostei dez nele! – O Carlos falou.
- Eu ainda estou em dúvida entre o Lucas e o Guilherme... E você Luiz, vai apostar em quem?
- Eu? Em ninguém! Ela é minha funcionária, ainda entro em uma encrenca só por causa de um joguinho desses...
- Ok, pode não apostar, mas quem você acha que consegue?
- Nenhum! – Falei ríspido olhando novamente para a tela, onde ao lado da foto dela, haviam três fotos menores dos “participantes”. Lucas, Guilherme que são meus funcionários e Matheus que trabalha com o Carlos.
No final de uma longa reunião sobre o que fazer sábado à noite, eles me convenceram. Amanhã nós íamos para uma balada e para meu azar quem ia escolher qual será, vai ser o JP. Meu querido irmão mulherengo.
Voltei para a minha mesa e já eram cinco e dez, todos estavam sentados, porém conversando sobre o que iam fazer no fim de semana, olhei para a Ana que sentava quase na minha direção, eu tinha a visão de todo o seu lado esquerdo do corpo, ela pegou o celular que estava na gaveta, sorriu e levantou. Segui com os olhos para ver onde ela ia.... Ah tá, ao banheiro! Afinal ela mora longe e ainda pega um ônibus fretado para ir embora, devo ter ficado olhando por um bom tempo, por que ela saiu do banheiro e eu a acompanhei de volta até a mesa vendo ela arrumar suas coisas. Desligou o computador e colocou dentro da mochila, quando eu sinto o rosto dela se virar na minha direção uma mão encosta no meu braço:
- Oi Luiz, qual é o programa para esse fim de semana?
- Vou sair com os amigos.
- Não posso ir?
- Não!
- Posso te dar um presente especial de aniversário!
- Paula, vai procurar outra vítima por favor!
- Grosso! Boa noite para você Luiz!
Olhei para ela indo embora rebolando a bunda naquele conjuntinho absurdamente caro. Magra, loira, linda e nojenta! Não sei como um dia eu tive coragem! Assim que voltei os olhos para a frente, ela já tinha ido embora. Essa Paula além de me tirar do sério não deixa eu ter meus poucos segundos de fantasia.
Não sei o que está acontecendo comigo! Desde que a Ana me enfrentou em uma reunião, que eu tenho que agradecer por isso, pois eu estava errado e ela certa, tenho que admitir! Comecei a prestar mais atenção na menina. Ela não é só um rostinho bonito!
Ela é muito inteligente e a minha melhor funcionária! Ela, o João e o Miguel fazem o sucesso dessa equipe! Doce e sem frescura, está sempre rindo das bobagens que os meninos falam pelos corredores e nunca está por fora de uma conversa, seja sobre jogos, games, filmes ou quadrinhos.
Ela é linda sim! Tem um corpo magnifico, e isso sem fazer grandes esforços, pois está sempre de calça social ou jeans e camisa social de manga comprida, como nós, de terno. Se ela usa maquiagem é mínima, mas de vez em quando as suas bochechas estão coradas, deixando-a mais linda. Seus lábios estão sempre brilhando, junto com seus olhos cor de mel, transmitindo uma paz e sensualidade única.
Porra Luiz, você tem que parar de pensar nessa menina! Uma flor, não uma qualquer, uma rosa vermelha na minha vida, linda e cheia de espinhos. É analogia que eu conseguia pensar.

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