12 de junho, sexta-feira.
Sabe quando a gente não sabe muito o que vai fazer! Quando a gente sabe que não tem para onde fugir! Você olha para frente e lá está, esperando uma ação sua.
Então...
Estou nesse dilema!
Mas acho que já sei o que vou fazer! Mentira, não sei não!
Não tenho a mínima ideia de como fazer isso!
***
Tenho uma amiga, amiga mesmo, daquelas que se você fala as 23:49h de quinta-feira “estou com fome” ela vai responder “puta que pariu Ana, isso é hora?”.
Aí, depois de alguns olhares tristinhos e carinha de cachorro molhado ela diz: “está bom! O que você quer comer?”
A gente não mora junto, mas é como se morasse. Eu tenho um apartamento de dois quartos de frente para a praia, pequeno, mas grande o suficiente para mim, ser de frente para a praia também não significa muita coisa já que não consigo ficar lá por muito tempo, já a pessoa que está quase todos os dias ao meu lado tem uma pele magnífica que com o sol só fica mais bonita.
O nome dela é Luana, nós nos conhecemos na faculdade a 8 anos atrás, fizemos faculdade de tecnologia, logo não nos encaixamos em vários padrões pré-definidos para mulheres brasileiras. Ela é tão bonita e brava que é até engraçado. Isso com homens, claro, porque é tão idiota quanto eu para qualquer outro assunto.
Eu faço mais o tipo calma e foda-se.
Sobre o meu dilema:
Estou aqui, em pé de frente à piscina do hotel, maravilhoso por sinal, está uma lua linda mas tem algumas nuvens ameaçando cobri-la. São sete e quinze da noite e está uma temperatura de no mínimo 25º, quando eu saí de São Paulo semana passada estava fazendo uns 10º, o hotel aqui também é de frente para a praia, a diferença é que estou em Recife, sozinha.
Bem, quanto a isso nem tanto.
A Luana certa vez me disse que eu tenho que sair mais, me divertir mais, mas ela queria mesmo dizer era que eu tinha que transar mais. Bem sei suas intenções! Mas estou trabalhando demais ultimamente.
Bem, quanto a isso também podemos discutir mais tarde.
Por força do destino nós duas trabalhamos na mesma empresa, em São Paulo, o que nos faz viajar todos os dias para ir e vir do trabalho, uma besteira, já que podemos trabalhar apenas com um computador e um acesso à internet e podemos fazer isso de praticamente qualquer lugar do mundo, quiçá fora do globo terrestre.
Ela divide apartamento com o irmão mais velho, o Leo e é bem perto do meu apartamento por isso que vira e mexe ela está sentada em meu sofá com dois copos de vinho na mão me esperando sair do banho. Normalmente no domingo, depois que alguma transa de fim de semana foi embora.
No dia que eu dei uma cópia da chave para ela foi uma festa, tipo celebração do tetra campeonato de futebol, o que é muita coisa em se tratando de Brasil e foi por motivos claros baseados em fatos de supra necessidade afinal é sempre bom ter alguém de confiança com acesso a sua casa em caso de necessidade.
“Em caso e necessidade!” Eu falei para ela. Mas ela estava aqui quase sempre, e por qualquer motivo.
Estou exagerando! Eu adoro a presença da Lua em casa, sou uma pessoa bem solitária e acredito que se não fosse por ela não conversaria com ninguém do mundo real, a não ser minha mãe, meu pai e meus dois irmãos que moram no interior. E nossas conversas nunca duram muito tempo, não pelo meu pai que toda vez que me liga, quer falar até sobre o passarinho que caiu da árvore e ele teve que enfaixar a asa do coitado. Minha mãe é bem sucinta, pergunta se está tudo bem, se estou me alimentando, como está a Luana e nosso trabalho; “afinal nos tempos de hoje não se pode vacilar e perder o emprego!” Frase de dona Lucia, minha mãe.
Meus irmãos não me ligam nunca, de vez em quando é uma mensagem pelo celular ou internet. São eles, Bruno e Daniel, são gêmeos e bem parecidos com a minha mãe, possuem a pele mais escura que a minha, porém os cabelos mais claros. O Dani tem os olhos verdes, iguais os da mamãe enquanto o Bruninho tem os olhos cor de mel, iguais aos meus e do papai. Eles têm 20 anos e estão cursando faculdade no interior mesmo, não o mesmo curso, mas são um grude! Tanto que até parecem aqueles garotos de fraternidade. Minha mãe gosta que seja assim, eu não acho nada, desde que não me encham o saco.
Vim para Recife a trabalho, e na segunda-feira dia 15 já estarei de volta no escritório de São Paulos de novo. Aí sim eu quero ver como vai ser! Essa segunda-feira promete!
No final do ano que pode ser que eu venha por um prazo de 6 meses apenas, fiquei sabendo dessa possibilidade mês passado. E é aí que meu problema começa, a mais ou menos 1 mês atrás do dia de hoje.
Problema? Não é bem um problema! Quer dizer, é sim! É um problema e eu estou apavorada!
O vento está batendo forte no meu rosto, fazendo meus cabelos dançarem em volta da minha cabeça, girando, assim como os meus pensamentos dentro dela. Começo a pensar em tudo o que aconteceu até agora, se passaram apenas um pouco mais de trinta dias, porém, o suficiente para a minha vida virar de pernas para o ar.
A. C. Braga - facebook
Próximo capítulo: Capítulo 1
03 de maio, domingo
“Luana
vem aqui, agora!”
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ResponderExcluirAdorooooo
ResponderExcluir. Muito...muitoooooo...bommmmmm
#anaele❤